segunda-feira, 6 de abril de 2009

OS 4 ELEMENTOS E OS ELEMENTAIS COMO PRATICA BÁSICA E DISCIPLINA DIÁRIA DO DRUIDA


OS 4 ELEMENTOS E OS ELEMENTAIS
COMO PRATICA BÁSICA E DISCIPLINA DIÁRIA DO DRUIDA


Nos antigos cânticos celtas, nas estórias e histórias tem-se narrativas sobre os feitos dos druidas com os elementos da natureza: terra, água, ar e fogo. Não eram alquimistas e sua meta não era, ainda, acho, naquela época a descoberta da química enquanto ciência, mas talvez da mistura ou “quimia” enquanto efeito de cura e transformação. Para estes senhores do saber, cada elemento residia em seu reino, assim o fogo estava no sol (podendo ser acionado numa grande fogueira), a água no mar ou lago, o ar nos ventos, a terra nas grandes cavernas (os vascos, outro povo bruxo, cultuavam a Deusa Mari que tinha sua “entrada” em cavernas”). Diferentes dos magos da idade média, os druidas não tinham por objetivo escravizar elementos, pois os respeitavam como espíritos e deuses naturais com os quais devemos nos relacionar bem. Os elementos participam da criação de tudo e da manutenção de tudo. Os seres dos reinos naturais além de serem reverenciados conviviam com os druidas e tudo era feito para que não houvesse desarmonias. Explica-se que é muito fácil dominar um povo que teme a morte e não crê na reencarnação e que deve obediência para uma vida sem fome e dor num paraíso de infinita grandeza, mas que é difícil é dominar um povo que crê em bravura, que em aprender ao longo de muitas vidas e que a natureza é sua parceira nisso, ou seja, que alguma coisa vai acontecer e os inimigos acabarão tendo seus problemas. Pois é foi com este povo que muitos invasores se depararam e que só a Igreja conseguiu debelar, lhes tirando a base: sua sabedoria.
O maior inimigo de alguém que tem poder, e saber é seu próprio emocional, ou seja equilíbrio psíquico, e no que tange a etnia celta, isso era explosivo e continua sendo para seus descendentes. Escritos romanos diziam que para combater os celtas bastava que deixasse que se matassem entre si antes e depois era só pegar a sobra. Sim, lutar era divertimento. Mas não pense que os celtas eram violentos, pois não é este o ponto, a questão ai é “pavio curto” e muita energia. Quem não leu vá da uma olhada em Asterix e em coisa mais séria como Los Druidas do historiador T. D. Kendrick. No reino das fadas, que falarei sobre ele em matéria específica porque o merece (não confundir com Morgana), tem-se as do dia e as da noite, e devemos ter em mente o obvio elas são fadas e não humanos e tão pouco anjinhos do céu cristão, são apenas o que são: fadas, e uma fada é feita de...........AR. Assim são instáveis, mudam e reagem como o vento, podendo se tornar um tufão e jogar um vendaval sobre sua vida, ou seja, tem que saber lidar com elas, e principalmente sua vaidade. E por favor não é uma vaidade humana, é uma vaidade deste reino. Salamandras são expansivas e explosivas, ondinas: moles, lânguidas e dissimuladas, e duendes são rígidos, rabugentos, adoram estabilidade, detestam mudanças (parecem taurinos), mas ficam alegres com o brotar de qualquer coisa. Tudo ainda se divide em seres com tarefas a noite e outros de dia e como os humanos tem sua regionalidade e formatos e manifestações devido a isso. Estudaremos um a um. Hoje veremos o que podem nos ajudar a não prejudica-los e nem a nós mesmos através das nossas desarmonias.

Pegue um cálice com água, um vela, um cristal, um incenso. Se puder o certo é: numa manhã de sol de domingo, caminhe a beira mar ou a beira rio, perto de pedras ou cavernas, onde haja algum vento. Sente-se confortavelmente. Deixe sua mente mergulhar primeiro na água. Peça humildemente para os seres da água equilibrarem suas emoções e te religarem aos seres divinos das águas do planeta. Peça-lhes harmonia e sabedoria para que se comuniquem e trabalhem juntos (nunca fique só pedindo faça alguma coisa por eles). Depois siga pela terra através do cristal, olhe sua beleza e textura, caminhe mentalmente por sua entranhas como se caminhasse por dentro de uma caverna. Peça para comprender o planeta, o solo, a fertilidade, a abundancia, sua própria natureza material, as pedras e seus seres, peça segurança e equilíbrio. Caminhe mentalmente pelo fogo – peça cura do seu mental, peça luz, e clareza, energia e conhecimento do sol, das fogueiras e vulcões, dos fogo do seu próprio corpo, domínio sobre as paixões e conhecimentos sobre os raios de luz. Por último voe com o ar. Peça-lhe para lhe ensinar seus segredos de nutrição, de ir e vir na magia, de dar e receber, da lei do retorno e do carma, da forma e da arquitetura do reino das fadas e dos encantamentos, peça-lhe para lhe curar o coração, para ser leve. Depois disso, olhe para o céu, respire fundo e sinta a energia que une todas as coisas. Sinta todos os reinos num só, todos os elementos agindo em simultâneo, como um bailado. Sinta-se equilibrado e centrado, mais sábio e evoluído. Emane sua própria luz para eles. Pergunte mentalmente o que pode fazer por eles (e veja lá o que vai fazer...seja prudente, pois por besteira muito sacrifício humano foi feito...não se dá drogas para crianças só porque pedem, negocie...um simples bolo, ou plantar de árvore, falar bem deles, deve bastar). Dedique dias para meditar mais em cada reino. Para escalar, nadar, voar, dançar em torno de fogueiras, além dos dias festivos da roda. Mas faça esta pratica diariamente para manter a disciplina e contato. Os seres naturais devem estar para o druida como colegas de trabalho estão para um empresário. E neste mundo moderno muitas vezes acabamos por ficar só nos livros e romantismos esquecendo da vida pratica. Este é um exercício simples, mas manterá você centrado, e em contato com o natural. E poderá ir além, bem além. Ah! Não deposite nos ombros dos elementais todos os trabalho, lembre-se existem animais de poder, deuses, árvores, espíritos ancestrais e muita gente boa para ajudar....

quinta-feira, 2 de abril de 2009

A Jornada - cada um teu seu caminho


CADA UM TEM SEU LUGAR


No mundo do druidismo ou na magia cada um tem seu lugar ou grupo. Uns são bardos natos e contam suas histórias e a tradição, outros são oráculos, outros são magos das ervas e médicos excelentes, outros são lideres políticos e administradores, o fato é que cada um completa o outro, e até uns tem mais que uma característica. Uns caminham pelo mundo da noite outros preferem o dia. O que não se deve ter é preconceito e achar que o outro é “do mal”. Isso não existe. Antes das eras cristãs, ninguém era “do mal”, nem entidades, nem seres naturais, nem pessoas, todos tinham seus momentos e características e isso é o que é. No universo temos funções e nossas peculiaridades. Se nos taxamos de “do bem” somos na hora tomados por algo “do mal” chamado soberba, se nos taxamos “do mal” erramos por algo chamado de “ignorância” . Assim nesta caminhada druidica, que é longa, e deve ser vivida, e não almejar-se o fim, estudamos todos os mundos, todos os reinos, começando por nós mesmos, nossas luzes e as nossas sombras, nossas virtudes e limitações, aprendendo com elas como se fossem mestres e assim evoluindo, cada um dentro de sua função para o bem do todo natural (universal). Um botão evolui, mas evolui em flor, um bardo evolui, evolui na sua harmonia, assim não deseje ser perfeito como o outro, mas sim dentro da sua própria e única perfeição, do seu caminho. Ser Druid é ser detentor de sabedoria.