sábado, 15 de janeiro de 2022

FLORESTA ENCANTADA


 A floresta encantada é algo real. Mesmo tendo sido retratada em tantos contos infantis, a floresta encantada existe em muitas dimensões inclusive no mundo dito real e palpável.

Meu primeiro contato com ela, foi sutil como toda criança que sente lugares onde seres de outras dimensões habitam, ou seja, você passa de um determinado ponto da mata ou floresta e até o ar que se respira muda. Volta-se e se tem a nítida impressão que uma massa pesada toma conta nos trazendo de volta ao cotidiano. Ali definitivamente eu ainda não tinha consciência destes portais preciosos da espiritualidade. 

Foi, a recém, no ano de 2021 que tive um acesso promissor ao que os brasileiros chamam de encataria ou reino encantado e para isso não precisei ir a centro algum ou sequer sair de casa. Nossos guias atuam gerando absolutamente toda sincronicidade que precisamos e naquela semana de julho, tudo aconteceu. 

Eu estava, como aluna, no meio de dois cursos de energias distintas - umbanda e mapa de selos celtas. Ambas as energias com portais próprios, mas tendo em comum algo precioso que é a floresta natural. 

Andava com o coração aos pulos, sem dormir e irriquieta, sintoma clássico que antecede despertares espírituais em muitas pessoas. Uma paciente muito querida e com uma mediunidade preciosa feito uma jóia rara me ligou pedindo ajuda urgente. Não era ela que precisava de socorro, mas seu marido que havia descoberto um câncer de próstata (este tipo de atendimento faz parte no meu dia a dia). Queria que eu olhasse sua energia e seu físico e fizesse a parte energético espiritual do que seria depois uma bem sucedida cirurgia médica. Consegui encaixá-la já passada das 22:00 e eu estava muito cansada. Não houve problema, logo sintonizei com seu marido e fiz o que precisava fazer dentro dos conhecimentos de cirurgia preventiva astral, mas logo terminei comecei a ouvir sons de mata. Galhos quebrando, visões de pirilampos, grilos, e uma paz imensa foi tomando conta do meu corpo. Ela na casa dela e eu na minha, apenas conectadas fisicamente pelo sinal de telefone celular, pedi que ela deitasse. Um segundo antes de ela me confirmar que havia deitado, a vi no meio de uma floresta belíssima onde seres naturais como fadas, pequenas e grandes, seres com aspecto de plantas, guias aborígenes e espíritos não humanos e lumincescentes que habitam apenas eles lugares sagrados e que ouvimos falar por tribos como os Yanomamis ou lendas celtas. Perguntei para ela onde ela poderia estar, pois eu realmente estava encantada com a visão real de um cenário verdadeiramente encantado. 

              Ela me contou que recentemente havia visitado o sítio de uma amiga que era uma reserva particular, totalmente decorado e dedicado para as fadas e seres encantados. Na vivência escolheu lembrar daquele lugar real e perfeito. Naquele dia ela foi tratada por aqueles seres com grande poder de cura e regeneração, aliás como toda natureza o é. 

               Mesmo depois disso ainda tinha dificuldades de contato direto com os encantados e devas. Lia sobre eles, ouvia relatos das pessoas que fazem vivência com rapé e ayuasca, alguns artistas plasticos mais sensíveis que os viam e cheguei a pensar que eles, os seres naturais, não gostavam de mim. Muitos médiuns não os vêem porque eles não querem ser vistos, simples assim. Um número enorme acredita que não existem. A questão é que sua existência é um fato e não uma questão de crença. Quando somos devidamente iniciados e aceitos por eles, eles se mostram. Minha filha nasceu sendo amada por eles.

                Foi no ano passado, no desenvolvimento da umbanda, que no módulo de encantados, que simplesmente entraram na minha casa, era um curso online, e simplesmente se mostraram. Foi incrível. Eram muitos. Eles me mostraram o reino encantando da grande cidade onde eu moro. Uma selva de pedra poluida e fedorenta onde achei que eles não estariam mais. Mas estão. Tem sua própria dimensão pura. Ali compreendi porque chineses taoistas falam que rios são grandes dragões. Porque estes seres da encantaria fazem seus ninhos na borda dos lagos e rios e os grandes literalemente vivem nas suas profundesas. Não precisei se denhum chá ou droga expansora para vê-los, eles apenas quiseram se mostrar. Sou grata todos os dias por isso. Hoje quando adentro qualquer floresta, além de ter aquele aperto no peito, pensando que as pessoas que desmatam são completamente desconectadas e difícilmente vamos convencê-las a não fazer o horror que fazem, peço licensa, espero meu chakra cardíaco abrir, sentir amor, porque esta é a resposta deles de "você pode entrar".

                  Sabem, todo o mundo tem recantos e florestas encantadas, normalmente, lugares intocados pelo ser humano, e mesmo os frequentados, reservam aquela sensação de "sai desta dimensão". Pra nós estes lugares são como banhos, onde toda nossa aura se recicla e passamos por uma enorme cura detox.

                  Sentir a magia é algo maravilhoso e tenho certeza que você vai se encantar com este mundo. Faz bem para nossa mente, corpo e até para sair um pouco da rotina que criamos para nós mesmos. 

                  Encontre um bosque ou uma praça cheia de árvores e flores perto da sua casa e dedique ao menos uma vez por semana para meditar e se harmonizar com o local. Diga mentalmente para os seres dali que você estpa disposto a conhecê-los e até ajudar com a limpeza do local. Reserve para lembrar de coisas boas e irradiar uma energia saudável como um suco de frutas. Use sua imaginação. Você com certeza é quem vai ser mais recompensado apenas por conhecê-los. Primeiros sintomas de ser aceito? Um amor leve e divertido. 

                   Gostaram do texto? Ficaram dúvidas? Comente aqui. Salve para não perder esta aula. Ah! Compartilhe muito. Conto com você! Beijocas da Terapeuta, médium e profe: Gabriela Yasoha.

terça-feira, 4 de janeiro de 2022

PORQUE TEM GENTE QUE ADORA BONECOS E ESTÁTUAS?

 

Você já observou que algumas pessoas adoram bonecos. Algumas são colecionadoras, mas outras não. Existem pessoas que tem transtornos psíquicos e acumulam qualquer coisa, dentre elas bonecos e existem pessoas que estudam e vivem a arte da forma na magia e na mediunidade. Sobre eles vamos falar.

Desde tempo primirdiais, marcar um local como sagrado, ter ali ancorado um portal que liga as dimensões é feito de muitas maneiras. Com circulos ou junções de pedras, com magia gráfica dedesenhos até selos e escritos, com poços e água, com quadros e fotos, objetos e fitas, bandeiras e cataventos e também com a arte da forma, ou seja, estátuas, totens e bonecos. Esta é uma forma que foi e é vastamente observada na arte em todo o mundo. Religiôes como os budistas, os católicos e os gregos ancoram seus portais assim. Portais estes que são confundidos com ídolos (visões exageradas e imaginárias de cunho um tanto fanático). Um bonequeiro, um santeiro ou escultor expressa sua forma de oração e fé moldando, dando forma, facilitando nosso contato espiritual através dos sentidos do tato, da visão e até audição, pois muitos bonecos fazem sons. 

        Foi este ano que conheci a doce Alice que dedica sua vida a dar forma a nossos ancestrais, energias, espíritos. Ela que fez esta linda "spirit doll", nome moderninho desta arte muito antiga que integra a arte do escultor com a sua capacidade mediúnica. Sempre, como a psicografia ou a pictografia (pintura mediúnica) haverá a assinatura de seu autor, algo que lhe torna peculiar, no caso da Aline é o fato de que todos terão este aspecto de elementais da natureza. Citando outro exemplo, são os escritos de Olavo Bilac, transmitidos por Chico Xavier, que foram reconhecidos, por terem o traço e modo de escrita de Olavo Bilac. Hummm ficou confuso? As vezes é complicado...pois confundimos a escultora, a Aline com o médium e ela é o autor. Nos cursos onde atuamos com ou sem o guia, podemos facilmente distinguir quando quem atua é o terapeuta ou quando estamos servindo de canal para outro ser. Chico era canal de Olavo, o autor era Olavo. No caso de Aline, ela é a autora, desenhando o ser que percebe e não sendo veículo dele. Se não ficou claro me deixe perguntas!

        Foi minha avó que me deixou a paixão de ser santeira, nome antigo de beata que adooora estatua de santo e foi na mediunidade da umbanda que me apaixonei de vez pela arte da ancorágem de luz em estátuas. Na umbanda aprendemos a cruzar estátuas, seria como um padre benzer um santo ou sacerdote budista benzer um buda. É maravilhoso observar aquele material comum ora de gesso, ora de porcelana, barro ou mandeira se transformando numa verdadeira antena (moden) retransmissora de energias multidimensionais. Após um tempo de treino uma benzedeira ou qualquer pessoa consegue perceber a força que a materia adquire, mesmo representando um acentral. Ué - você perguntaria. - Estátua de gente morta....? Então... sim. Mas encare sob outra ótica, outro prisma. No oriente é muito comum placas com os nomes dos ancestrais em templos, no ocidente, fotos na lápide dos túmulos. É a mesma coisa. Não é algo feito para ser morbido e sim um ponto de referência para irradiação e recepção de energia. Sim, você poderá  dizer que não precisa nada disso. Precisar não precisa, mas se tirarmos do mundo tudo que só deve existir porque precisa até o ser humano some. Sua tv, não precisa de antena, mas com ela funciona melhor. É como ter um ou vários altares. Bem se você gosta de decoração minimalista, e se quiser, pode ter apenas um baso clean. Mas não critique muito quem gosta de santo. Não é loucura, é uma das muitas expressões da espiritualidade. Tudo que é exercido de forma saudável ajuda. Cada um tem sua maneira. 

           Gostou, tem pertuntas? Comenta aqui!

           Logo vou postar sobre portais gráficos, outra forma de praticar a conexão!

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

QUEM É... A GUARDIÃ DAS 7 MARES

                     


 Minha mente estava como um mar revolto, muitas correntes, escuro, gélido, confuso. Faz um semana que não durmo direito e exatamtente na hora de colocar a cabeça no travesseiro eles vem: os pensamentos em ondas. 

                      Acho que todos, em algum momento de suas vidas se identificam com este processo de ser engolido por estresse, confusão e um mar de coisas que insistem em vir todas ao mesmo tempo. Amores, cofesso que não tem sido fácil. Viver as vezes é complicado, e viver como um canal, cheio de sensibilidades realmente pode ser um verdadeiro pesadelo.

                     Foi ontem que da confusão, no meio de um sonho, projeção, muito real, que tomei consciência astral, estando em meio a um mar mais calmo, translúcido e acompanhada de um marinheiro de roupa clara, que transmitia uma paz maravilhosa. Conversamos por algum tempo e ele se retirou, deixando-me a beira da praia, sendo embalada por uma brisa morna e agradável. Distraida fui perdendo o foco do que pensava ou imaginava, assim, logo estava com a paz que só pertence àqueles que ficam sem nada na cabeça, a paz de espírito. Uma onda, outra onda, outra e mais outra. Nada me perturbava e por isso pude ouvir, dentro da cabeça, uma antiga música de samba que diz: - "Clareia minha mãe clareia, quem samba na beira do mar é sereia...". Amo esta música. Ela foi aumentanto, aumentando e numa das ondas surgiu um movimento diferente. 

                     A água tomou forma. Feita de água, com formas de mulher, em tons esverdeados, sua energia se aproximou. Rapidamente um arrepio tomou conta de todo meu corpo.

                     Como se meu coração fosse o oceano e as ondas tivessem vida, fui sentindo estes setes mistérios sagrados um a um.

                      A primeira maré, ou maré cheia, acontece ainda nos primeiros raios da alvorada trazendo consigo uma profunda paz e preenchimento. É a maré da fé, da luz, da completitude.

                     A segunda maré, vem com os raios do sol e é muito apreciada pelos encantados das águas e do amor, pois vem e vai, toda cor de rosa, frívola e dengosa, atraindo os amores que nas casas são o suspiro da manhã.

                    A terceira é bravia, do gosto daqueles que passam por espostes aquáticos e vem lá perto do alomoço. O sol lhe da muita força e renova todas as células, traz cura e energia.

                   A quarta veio no pico  do sol, logo depois do meio dia. É mansa, bem parada, equilibrada e quente. Tudo o que se fizer ela reflete de volta e com isso é regente do carma, da ação e da consequência.

                  A quinta maré é fria, vem por baixo do lençol das farfalhantes ondas e tem forte repuxo. Pode gerar acidentes e corta qualquer mal vivo ou não.

                 A sexta maré vem de tarde, gelada, cheia de terra e areia. O mar perde seu aspecto cristalino e tudo parece sujo. É boa para parir e construir. Traz um remexe que mostra até o que está mais escondido. Vai ate mais ou menos o início do por do sol e como dizem as benzedeiras da uma preguiça que só.

               A sétima maré acontece quando o sol toca no mar, bem no final do dia, onde o fundo já não se mostra e muitos temem o último badalo do sino. Mas esta é uma maré especial, pois nos da o profundo alívio de que todo trabalho acabou e que a noite nos cerca como uma grande mãe estrelada para descansar ou viver. Só teme a noite quem não tem o  coração preenchido pela beleza das estrelas. 

                Quando meu pensamento flutuava entre uma galáxia e outra, dona 7 marés me trouxe de volta. Como despertar de um mês inteiro de sonhos. Revigorada e possuida de uma imensa alegria recebi uma pedra azulada, com um sorriso feito de energia. "Eu não sou deste mundo, mas o escolhi para aprender e ensinar. O equilíbrio depende desta troca e não se preocupe, não desapareceremos, sequer daqui um dia saimos. Cada planeta tem seus ciclos, como as plantas e os seres que nele vivem e este ainda tem muito por viver, sendo praticamente um adolescente". 

                Sua energia cobriu meu campo de vida e aqui surgiu o Reiki das 7 marés. Um mistério em si mesmo que través das águas do mundo ajuda a quem quiser lidar com suas emoções e questões da vida. Receber é uma benção imensa. 

               Dona 7 Marés é filha de dois grandes seres naturais: a dona corrente do norte e seu arquipélago das Filipinas. Parece estranho se referir aos seres naturais assim, mas os termos usados por eles mesmos diferem muito de nossa imaginação e já estão cansados de serem tratados por gênios ou deuses. 

               O que você achou deste texto? Deixe seu comentário. 

                

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

O QUE É UM FATOR OU FORÇA DIVINA

Só ultilizei o termo fator, usado por Rubens Saraceni, para que as pessoas encontrassem o assunto, pois prefiro a palavra força. Um céu é um lugar cheio de estrelas e estrelas são fontes auto-geradoras de energia que contém muitas forças e elementos em si. Poderíamos comparar a água que contém muito elementos químicos e vida dentro de si, além das forças que nela atuam. Uma fonte de lava vulcânica, por exemplo, contém elementos, natureza, forma e forças muito diferentes das de um lago. A força ou fator que atrai tudo para manter as rochas unidas em torno do nosso núcleo planetário é completamente diferente daquela que joga o magma para fora do vulcão. Como termo genérico os chineses chamaram a mais de 4.000 anos está força de chi, e os japoneses de Ki. O ki do Reiki, a a conexão desta força ou fator de movimento com a fonte de onde proveio Rei, ou Divino. 
Para simplificar vamos dividir em 4 coisas:
Força, elemento, onda e fonte.
Exemplo: uma fonte de água termal, diferente de uma fonte de água glacial, por exemplo, depois de se alimentar dos elementos que compõe quem ela é como água, sais minerais e enxofre gera uma onda expansiva e inevitavelmente serve de matéria, Matrix para a força chi yang que devido a temperatura vai ganhar espaço e até explodir. Somente está combinação que forma uma fonte termal manifesta está força yang. A ordem força, fonte se alternam, porque quando uma fonte está em formação ela está vivenciando a força contrução, reunião, aglutinação, atração, concepção, mas quando está força conclui, chega no seu ápice ela se reverte e expande o seu composto que é uma onda apenas gerada por este tipo de fonte, com os elementos específicos deste tipo de fonte e exercendo uma força, um fator ou muitos fatores que são provenientes desta fonte única. Assim no universo difícilmemte teremos uma fonte uma e sim uma miríade de fontes vivas e em contante processo de composição, movimentação e decomposição. Esta seria a reunião das teorias da física, do taoismo e de "fatores". Gosto de um exemplo do Mestre Rubens quando fala que na matemática o que multiplica, multiplica e o que substrai, substrai apenas. Mas também gosto do Mestre Lado Tsé quando fala das composições que são os 64 hexagramas. Os elementos montanha sobre água se comportam como fatores distintos de água sobre montanha. Pois um limita a água - fator limitador e o outro jorra a água atuando se compondo com o magnetismo - fator magnetizador que onde estiver a água, cheia de elementos de atração irá ser puxada. O Divino sendo uma ou mais de uma fonte também se compõe, pois é parte do todo composto por ela (fonte). O que você acha?
Complicou?
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terça-feira, 28 de setembro de 2021

GUARDIÃO E GUARDIÃ DO LODO

 "Vinha caminhando a pé, para ver se encontrava a minha cigana de fé..."



Estava com esta música na cabeça quando senti um odor pesado que misturava aroma de barro, com musgo e esgoto. Antes de ter a visão que sempre vem após um odor astral (que não é do ambiente que estou), ouvi: - Nem sempre fomos assim moça. Nem sempre fui assim. Quem joga lixo na lama é o ser encarnado, que não tem respeito por nada, nem pelo chão que pisa, nem pela água que bebe. 

              Na um banda brasileira chamamos este tipo de ser natural e os humanos que atuam neste grupo de Exu do Lodo, nas demais culturas os nomes são outros, mudando de crença para crença. Na floresta é a equipe espiritual que atua com barro e água, a alquimia da criação de tudo que tem forma, os protetores da vida, senhores do molde que tornam tudo concreto ou tudo diluem. 

              Tanto guardiões ou guardiãs do lodo ou barro estão sempre ligados na natureza a junção de terra e água. No nosso organismo estão ligados a fixação dos minerais e degeneração. É uma dupla função de baço e rins. Mas primeiro, vamos separar guias de guardiões. Quando temos um guia do lodo, isso significa que aprenderemos a viver, a conviver e até atuar com o barro. Artesãos que atuam com porcelanas, vasos de barro e medicos que tuam com enxertos ósseos são guiados por estes seres. Se aceitarmos que o ser humano veio do barro então o próprio criador seriam um artesão, um guia do lodo. Já uma guardiã ou guardião (y - sem gênero ou de outro gênero) são aqueles que protegem esta energia, atuam com seus conhecimentos para dar limites, diciplinar e desfazer as bobágens que muitos cometem e que afetam a ordem natural. 

                     Porque o lodo ou matéria prima mole a ser moldada (como nossa personalidade, por exemplo) precisa de uma guardião? Simples, porque muitas pessoas e seres presos a sua forma de pensar, agir e moldar as coisas não querem que nada evolua, nada mude de forma. Imagine alguém que não quer mudar a maneira de tratar seu filhos, agindo como se ele fosse criança, mesmo quando está com 40 anos. Aposto que neste momento você pensou em várias pessoas. Então imagine uma empresa que não quer que outras avancem na forma que geram técnolocia ou pessoas que querem que um casamento se dilua? Comum, não é? Então. Triste, mas comum e os guardiões do lodo atuam evoluindo estas pessoas que atravancam os demais e destroem a natureza. 

                     

Porque alguém tem um guardião do lodo? Para aprender a moldar, dar forma. São alquimistas natos, fazendo e refazendo coisas. Ajudam as pessoas nas suas realizações ou são, como eu disse antes artesãos, mesmo de personalidades, eventos ou medicina. 

                    Pessoas com regência de saturno forte estão muito ligadas a este elemento composto de água e barro. Quando se deprimem fazem uma longa jornada para o fundo e outra longa jornada para sair de suas emoções. 

                   


A vida de um regente do Lodo. É bastante errado dizer que o guardião do lodo foi isso ou aquilo, porque onde há lodo, há guardião, onde existe sua necessidade até mesmo um ser natural vem até a encarnação humana para atuar (se crendo ou não nisso) no lugar e na época que se faz necessário. Nosso visitante se chamo Ernesto. Nome bem comum e nada estravagante. Ernesto foi um dos guardiões do arroio Dilúvio da cidade de Porto Alegre no sul do Brasil. Ernésto era muito pobre e foi trabalhou em refórmas que transformaram um riacho natural num dos maiores esgotos a céu aberto de um país muito grande. Ernesto era mandado, então quanto a isso seu erro não foi tão grande. Mas houve um problema: nosso amigo bebia demais, inconformado com sua ituação de pobreza. Batia em sua mulher e filhos com frequência e afundou tanto na "lama da vida" que os irmãos dela deram cabo de sua vida e o enterraram ali mesmo, na beira do lodaçal. A pena que sentia de si e a revolta em seu coração o fizeram afundar cada vez mais em seu processo evolutivo. Quem lhe socorreu foi Marina, uma menina tão pobre quanto ele que caiu por acidente nas águas e morreu de afogamento e intoxicação. Eu sei, eu sei...que história mais medonha. Mas fazer o que, foi assim mesmo. Marina desperou no mundo astral não entendendo nada. Seu coração era puro e inocente. Brilhava feito um raio de sol. Sua ligação com Ernesto? Ela foi filha dele ainda quando os índios Guaranís habitavam a cidade que muito depois veio a ter o nome de Porto dos Casais e por fim Porto Alegre. Marina não teve medo daquela coisa que o Ernesto se transformou. Brincava de fazer bolhas e bolinhas por horas quando ele chegava perto de seu espírito. Na emoção, nosso guardião chorava. Chorou tanto, mas tanto que foi ficando limpo. O espírito natural daquele riacho, que é grande e bélo em sua dimensão original, se apiedou dele e lhe propôs ficar ao lado de Marina atuando como guardião do lodo. A história toda, daria um romance e tanto, sabem. Fazer o que? Isso aqui é um blog e já está tudo muito longo.

           

Resumindo muito Marina ganhou a função muito linda de trazer esperança para as pessoas que se fundam as suas emoções e rigorismos. Alguns a chamam de Laminha - fofa que só ela. Detém em si o mistério, o poder dos querubins atuantes nos reinos naturais ou Pomba Gira Mirim, na magia natural apenas Guardião da Forma. Ernesto evoluiu muito e atua na proteção natural além de remover a ilusão das almas dos seres que se deixam levar pelos vícios e inconformidades. É o senhor do Exu do Lodo ou guardião resgatador da evolução. Gosto de sentir e ver sua energia da forma natural coberto de sua capa de musgos.

No que ele pode ajudar sua vida?

Diluindo tristezas, magias destruidoras, moldando projetos que não saem do papel ou das idéias, reunindo com sua argamassa pessoas e projetos para a construção de algo maior. Também é um sincero ouvinte para quando precisamos desabafar. Sua pedra é a ametista, e para curar alguém é o quartzo verde. Sua árvore é o salso chorão e seu floral de vibratória é Willow. Sua Ogham é a Sail e seu elemento é o barro verde ou lama medicinal verde. Laminha também. Se você tem feridas a curar do coração e da pele, chame por este guardião com uma vela rocha ou simplesmente um copo com água ao seu lado, sem medo. Ele é uma benção para aqueles que atuam e fazem o bem. 

Para os magos, médiuns e curadores a água com lama pode ser rezada e imantanda para que se molde algo que se queira de bom. Também recomendo que se peça pela cura de rios, pantanais e afluentes. Pois mesmo que o carma venha a ensinar os seres que fazem mal a natureza, isso não a traz de volta.

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

DEUSA SUCURI OU SERPENTE

 Naga Kanya - também conhecida como Nag Kanya ou Naag Kanya - cobra do arco-íris, filha da serpente, guarNdiã dos tesouros, deusa benevolente dos três reinos. 

Esta também é uma representantação da Deusa Lakshimy, pois detém em si o poder da matéria conectada a espiritualidade, ou seja, quando a materialidade serve o espírito. Aqui não falamos de exploração e nem comercialização da fé, mas das pessoas que de boa vontade financiam os eventos espirituais ajudando a contruir templos, orfanatos e ajudando os  missionários em suas tarefas. 

Amores. Quando removemos o ranço preconceituoso de algumas religiões milenares podemos finalmente abrir nosso coração para o divino, que está em toda a obra e em todas as formas.

Sabem, o que mais irrita é que as obras de arte ocidentais insistem em manter esta ilusão preconceituosa e as deusas das cobras são todas com uma enorme apelação méfica e sensual o que definitivamente não é real. Se esta divindade por ventura quisesse se manifestar na forma humana as chances de ser como a foto de Hélio Silva (abaixo), seriam muito maiores. Observe que adorno ou cocar desta mulher imita os desenhos da serpente o que a define como curandeira, muito comum em sua região.

Na amazônia ela é a Grande Mãe, ou grande rio - Boiúna

Boiúna está para a tribo unicuí como Jesus está para um cristão sendo a misericórdia e o amor incondicional. A primeira vez que vi Boiúna tomei um susto, pois estava mais sólida e real que uma parede pintada de vermelho. Depois fui observar se as demais pessoas também a viam, pois uma sucurí no meio de uma sala é algo assustador. Estavam todos calmos. Apenas a pajé que estava nos visitando juntamente com uma professora de cura com os anjos é que ria da minha cara divertida. MInha expressão não devia ser das melhores. Logo veio falar comigo para dizer que é uma honra que Boiúna estivesse se mostrando para mim. Sinal de pajé,sinal de grande dom de cura. Demorei dois anos para parar de me apavorar. Hoje meu coração se inunda de amor e carinho com suas aparições. Sinto-me imensamente grata. Se Boiúna aparecer para você, lhe ofereça frutos e ovos. Medite e aceite. É realmente uma benção para nossa vida. 

Para invocar Boiúnca como guia de cura você precisa fazer um ano de dieta sem carnes de pena como galinha e pássaros. Precisa dormir no horário e pedir muita calma. Ela vai aparecer, vai habitar seus sonhos e vai te acolher. Muito chá de camomila vem muito bem.

"Um dos mitos mais importantes da mitologia guaraní - ou Cobra Grande - era uma gigantesca serpente que habitava os rios caudalosos da Amazônia.

Ligada à criação do mundo, a Boiuna podia mudar o curso das águas e dar origem a muitos animais.

Ela saía do fundo dos rios para atacar os barcos e devorar pescadores, levando-os para as profundezas.

Diz a lenda pós cristinização... que a Boiuna engravidou e teve dois filhos: Maria Caninana e Honorato, que podiam virar gente ou cobra. Como Honorato era bondoso e sua irmã, cruel, os dois lutaram até a morte. Aqui observamos o tradicional machismo do colonizador europeu.

Honorato venceu, mas desejava ser homem para sempre. Para isso, um soldado corajoso precisou causar um ferimento em sua cabeça com uma lâmina virgem. E, assim, foi salvo de sua maldição".

Na mitologia hindu, os Nagas são espíritos serpentinos que residem no submundo, protegendo e oferecendo os ensinamentos da Deusa Mãe. Diz-se que guardam todos os ensinamentos esotéricos e místicos, oferecendo-os apenas àqueles que vêm humildemente recebê-los. Por sua vez, eles oferecem proteção e presentes ao buscador.

Os Nagas também são conhecidos como apsaras , ou ninfas elementais que presidem tanto o mundo natural quanto o invisível. Eles são solicitados a receber bênçãos relacionadas ao clima e é considerado altamente desrespeitoso poluir os ambientes em que supostamente vivem. Lavar roupas sujas em um riacho habitado por nagas pode resultar em doenças ou aflições nagas, como câncer e doenças de pele.

Entre esses elementais guardiões de cobra, Naga Kanya é a Rainha. Ela se destaca como uma aliada espiritual muito querida nas tradições orientais da Índia, Nepal e partes da China. Naga Kanya é mais frequentemente retratada como uma mulher com a parte inferior do corpo de uma serpente, o torso de uma fêmea humana e asas de pássaro, com cobras encapuzadas presidindo acima de sua coroa e uma concha em suas mãos. Algumas histórias e imagens a descrevem com 5 cobras, outras com 7 ou 9. O número de cobras acima da coroa de Naga Kanya indica alguém que acessou um nível muito alto de iniciação; uma energia Kundalini totalmente ativada.

Em algumas tradições mitológicas, Naga Kanya é uma deusa singular. Mas em outros, “Naga Kanya” são uma tribo completa de seres serpentes fadas. A maioria das histórias conecta Naga Kanya com Lakshmi, a deusa hindu da boa fortuna e abundância. Naga Kanya também é considerado um companheiro ou aliado de Vishnu - ao contrário dos outros nagas , que temem ser comidos por Garuda, a mítica montanha de pássaros de Vishnu. Nas tradições budistas, Naga Kanya é considerada uma deusa tântrica e protetora do Dharma.

Pintura por Pintura de Tilly Campbell-Allen

Entre os devotos, Naga Kanya traz enormes bênçãos - tudo desde prosperidade, chuva, amizade, romance, crescimento espiritual e iluminação, boas oportunidades, generosidade, proteção, sabedoria e apoio. Seu poder é tão grande que nenhum templo pode abrigá-los - em vez disso, eles vagam livremente pela Terra, dando suas bênçãos onde quer que uma humilde oferta familiar os agrade.

Nas tribos da Amazônia a gibóia é a Deusa da mizericórdia e grande mãe! A Sucuri é uma grande guardiã de mistérios. Meditemos sobre elas. 


quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Deusa Iraniana Anahita pode ter dado origem a Orixá Oxum

By http://institutoseva.blogspot.com/2013/06/ardvi-sura-anahita.html

"ARDVI SURA ANAHITA


Ardvi Sura Anahita, Senhora poderosa e imaculada, que purifica o ventre das mulheres e o sêmen
dos homens, que auxilia as mulheres nos seus partos e coloca leite nos seus seios, abençoe as
águas que fluem em todos os lugares para garantirem nossa sobrevivência e prosperidade.

Anahita, cujo nome significava ”A força imaculada da água” era uma antiga deusa persa, adotada no panteão zoroastriano e tornandose a mais popular das sete principais divindades (junto com Mithra e Ahura Mazda). Ela era a deusa regente da água, Lua, noite, das estrelas (principalmente Vênus), do amor, da abundância, f e r t i l idade e s e xua l idade , maternidade e nascimento, Criadora e Guardiã da vida e Senhora da vitória nas guerras. 

Anahita personificava as qualidades físicas e metafóricas da água (úmida, forte, imaculada), especialmente o poder fertilizador que fluía da sua fonte sobrenatural nas estrelas e ela regia todas as águas: dos rios, córregos, cachoeira, lagos, mar, chuva, o orvalho e o líquido amniótico. Devido às suas qualidades maternais, Anahita presidia na concepção e geração das crianças (purificando o sêmen, fortalecendo o útero e abençoando o leite) sendo, portanto, a padroeira das mulheres e crianças, uma das muitas manifestações da Grande Mãe das tradições orientais. 

As pesquisas arqueológicas comprovaram que a Deusa Mãe foi a primeira divindade reverenciada pela humanidade, desde o período paleolítico e continuando nas eras seguintes. Antigas estatuetas da Deusa Mãe foram encontradas em Susa, Irã, datadas do quarto milénio a.C.; o culto original iniciado no platô iraniano foi espalhado pelas migrações das tribos arianas para a Mesopotâmia, Síria e Anatólia. Da figura inicial de uma Deusa Mãe surgiram as suas manifestações como padroeira da fertilidade, procriação, agricultura e abundância, associadas com a Lua, certos planetas e constelações. Pela conexão com a Lua eram enfatizadas as qualidades fertilizadoras, geradoras e maternais, enquanto a associação com Vênus realçava os dons artísticos e amorosos. Os navegantes sumérios levaram consigo o culto da Deusa Mãe para o Mediterrâneo, enquanto a expansão ariana o levou para Índia, Ásia central e Europa. 

O culto de Anahita se originou na Babilônia, sendo uma amalgamação de uma divindade indo-iraniana (o espírito das águas que fluíam do monte sagrado Hara) e das grandes deusas do Oriente próximo. O povo arménio a chamava de “Grande Senhora Anahita, doadora de vida e de gloria para o nosso povo, benfeitora da humanidade”, lhe ofertando galhos verdes, novilhas, carneiros e potros brancos. Suas bênçãos conferiam fertilidade e prosperidade ao país e os reis eram coroados nos seus templos pelas rainhas, para assim receber sua bênção e proteção. Os gregos a associaram com Athena, Ártemis, Héstia e Afrodite Urânia, enquanto no Oriente médio era equiparada com Anat. Da Arménia seu culto alcançou diversas regiões do leste de Ásia, se tornando preponderante na Pérsia no tempo de Zoroastro. Após a conquista da Babilônia pela Pérsia, pode ser observada a influência e a mescla de elementos dos mitos das deusas da Mesopotâmia Ishtar e Nana, seu culto adquirindo novas características guerreiras e marciais. Em alguns mitos Anahita aparece como consorte de Mithra, antes de desaparecer do culto dele no império romano.

Anahita foi cultuada com vários nomes em diversos lugares; as deusas Anaitis, Anat, Atargatis, Asherah, Astarte, Ishtar, Al-Lat, Cybele, Ártemis, Athena e Afrodite têm em comum certas características herdadas de Anahita e alguns atributos, principalmente os ligados à água, fertilidade, amor, nutrição, gestação, nascimento, cura, guerra e magia. Algumas destas deusas são associadas com o planeta Vênus (a estrela vespertina e matutina), outras têm como título “Rainha do céu” ou “Senhora da água”. Devido à semelhança dos nomes, a deusa equiparada mais frequentemente a Anahita foi Anath, uma deusa canaanita e fenícia, irmã virgem do deus Baal - ou sua consorte-, reverenciada como deusa da natureza, regente da terra, guerra, amor e desejo; ela era representada cavalgando um leão e segurando uma flor na mão. Posteriormente seu culto se espalhou até o antigo Egito, onde era descrita como uma donzela armada e cavalgando um corcel veloz ou como deusa guerreira, portando lança, machado e uma coroa com penas de avestruz. A versão grega de Anahita como Anaitis favoreceu seu culto na Ásia menor e no Mediterrâneo enquanto os persas identificaram Ártemis de Éfeso com sua amada Anahita. Reflexos do culto de Anahita se encontram no arquétipo da deusa eslava Mokusha, reverenciada em diversos lugares até o século dezesseis cujo nome significava ”umidade” sendo regente das águas. 

Outras comparações podem ser feitas com a deusa hindu Sarasvati, regente dos rios, da pureza da força vital e da fertilidade, que auxiliava as mulheres nos partos e que era também guerreira destemida; com a deusa romana Juno no seu aspecto de Juno Mater Regina, deusa soberana, guardiã das mulheres e crianças e com a nórdica Freyja, ao mesmo tempo deusa da sexualidade, magia, riqueza e regente da guerra.

Representações de Anahita

Nas suas representações Anahita aparecia ora como uma linda donzela com um diadema de ouro e carregando um jarro com água, ora como Mãe dourada, protetora do seu povo, nutrindo e protegendo-o dos inimigos. Suas estátuas – como pode ser visto em uma do primeiro século a.C. descoberta na Turquia - a representam vestindo um manto dourado e bordado, preso com um cinto de ouro, enfeitado com trinta peles de lontra e com uma flor de romã entre os seios. A sua coroa de ouro tem oito raios e dezenas de estrelas e ela usa brincos, colar e sapatos com enfeites de ouro. Anahita se deslocava em uma carruagem dourada, puxada por quatro cavalos brancos, representando o vento, a chuva, as nuvens e o granizo. Seus animais sagrados eram a pomba, a ovelha, a lontra (cuja pele reflete matizes douradas e prateadas) e o pavão. Com o passar do tempo, Anahita foi adquirindo cada vez mais características da deusa Ishtar, recebendo o título mesopotâmico de “Senhora”, sendo identificada com o planeta Vênus e a sua carruagem puxada por leões. 

Diferente de outras deusas leoninas, os leões de Anahita são mansos e bebem água de uma vasilha colocada sob as rodas da carruagem, realçando assim a conexão da deusa com a água. Com a chegada do islamismo no século sete, o zoroastrismo perdeu sua posição de religião dominante no Irã, seus adeptos foram convertidos e os templos de Anahita transformados aos poucos em mesquitas. Porém mesmo na era pós-zoroastriana, o imperador Artazerzes II (que regeu entre 404-358 a.C.) dedicou inúmeros templos e estátuas para Anahita, que continuou sendo reverenciada em diversas cidades como uma poderosa e amada
deusa, antes que o seu culto fosse diminuindo e substituído aos poucos pelo dos deuses Mithra e Ahura Mazda. Nas escavações dos templos de Anahita na Pérsia (agora em ruinas) nas paredes foram achados adornos em prata e ouro, além de inúmeras jóias de ouro incrustadas com pedras preciosas, que tinham sido ofertadas à deusa e que escaparam das profanações e saques dos exércitos do Alexandre, “o Grande”. Em
Lorestan foram achados objetos datados do primeiro milênio a.C. como diversas argolas de bronze e cobre,
tendo nas extremidades placas de prata gravadas com a figura e o nome da deusa. O achado mais importante foi de uma estatueta feminina de argila de 19 cm, adornada com pulseiras, brincos e colar de esmeraldas, enquanto em várias moedas a cabeça da deusa aparecia envolta em um halo de luz. Em Bishapur, no lugar do templo e palácio construídos por Artaxerxes, existia um canal que trazia água do rio Shapur e o distribuía ao redor do complexo de escadas e paredes, passando sob o templo e dando assim a
impressão duma ilha nascendo das águas abençoadas da Deusa. Sob as ruinas dos templos de Anahita foram encontradas fontes encrustadas nas rochas e o som sagrado das suas invocações era chak-chak, significando “gotejar” na língua persa. Fontes gregas mencionam a existência de um templo dedicado a Anahita em Ektabana, a antiga capital do império persa, construído de troncos de cedro cobertos com placas e blocos de prata e ouro. O altar deste templo foi destruído pelo imperador Alexandre, revoltado pela morte do seu fiel amigo, que não tinha sido curado pela deusa. Saques posteriores foram feitos pelos exércitos gregos, mas em 210 a.C. quando o rei Antiochus, “o Grande”, chegou no lugar, as colunas do templo ainda eram revestidas com ouro e prata e o chão coberto com pilhas de placas destes metais, arrancadas das paredes, mas abandonadas. 

Por personificar a fertilidade da água, ela era a padroeira da procriação e dos nascimentos e o hieros gamos
”casamento sagrado” fazia parte dos seus rituais. Filhas das famílias nobres eram entregues aos templos para
servirem por algum tempo como hierodulas ou “prostitutas sagradas”; na Babilônia as jovens da nobreza
ofertavam à Deusa sua virgindade. Os ritos sexuais e a prostituição sagrada que aconteciam nos seus templos visavam purificar a concepção e a geração de filhos abençoados por ela. 

Com o passar do tempo, o enfoque dos rituais de Anahita passou a ser o seu aspecto marcial como deusa padroeira da guerra e doadora das vitórias. Os guerreiros e chefes das tribos faziam grandes sacrifícios de animais brancos invocando a sua proteção e ajuda. Após os sacrifícios havia uma ceia comunitária com farto consumo da carne e de uma bebida ritualística – haoma - que induzia um estado alterado de consciência para favorecer a comunhão com os deuses. Nas escavações de um templo em Turcomenistão foram encontrados resíduos de uma bebida fermentada contendo a planta éfedra e vasilhas com restos de ópio. Na
época do Zoroastro nos rituais de proteção e louvação, a bebida haoma era abençoada com encantamentos
especiais, para afastar os maus espíritos e preparar o caminho para o contato com os deuses.

Com a chegada do zoroastrismo (em torno de 600 a.C). a importância ancestral de Anahita foi diminuindo e ela foi relegada à condição de espírito guardião das águas. Mesmo assim, havia um hino dedicado a ela como “a deusa encarregada pelo deus supremo Ahura Mazda (“O Senhor sábio”) para zelar sobre toda a criação”. Nesta condição, ela recusava os pedidos dos guerreiros sanguinários e protegia apenas aqueles que eram íntegros e puros de coração, excluindo os mentirosos, traidores, covardes, corruptos, agressores, malvados, perjúrios, portadores de deficiências físicas ou marcas de nascença (considerados pecadores). Era invocada pelos guerreiros para lhes conferir coragem e pelos sacerdotes e magos para receberem sabedoria e intuição. 

Os mazdeístas (fieis do deus Ahura Mazda) cultuavam os vegetais de cujos lenhos extraíam o fogo, sendo a mais importante haoma, a figueira, tida como a Árvore Sagrada de seus frutos diziam obter o sumo que afugentava a morte. Em seu aspecto religioso, mas assim mesmo simbólico, o mazdeísmo tinha como principal culto o do Fogo. No ritual o sacerdote, no meio de um círculo formado de homens e mulheres, friccionava uma haste vertical, extraída da árvore sagrada, no orifício de uma madeira colocada horizontalmente no solo. Neste orifício, derramava-se manteiga clarificada e, após demorada fricção, da haste vertical surgia o Fogo Sagrado, considerado expressão da Luz e da Vida que retornava ao coração do Sol, o eterno Fogo do Espaço. Durante o ritual, a haste vertical expressava Atar, o poder positivo, masculino e a haste horizontal, Anahita, a passividade feminina ou a Água.

O encontro com ela se converteu em um único fim da existência dos místicos, que viviam à espera do instante da união, uma união sagrada simbolizada pela morte, o momento misterioso e supremo quando se fundiam com a sua amada deusa, sabendo que a aniquilação física conduzia à felicidade eterna. Esta concepção se assemelha ao mito das Valquírias da mitologia nórdica, as deusas guerreiras que decidiam a vitória nos combates, escolhiam os homens destinados a morrer e escoltavam os escolhidos para Valhalla, levando-lhes a bebida inebriante que lhes garantia a imortalidade. 

A reverência à agua era o foco do culto de Anahita, pois dela dependia a fertilidade da terra, que garantia a
sobrevivência de animais e seres humanos; nos seus altares os fieis derramavam água de fonte ou chuva e pediam suas bênçãos.

Anahita também era regente da magia e seus sacerdotes - os Magi - deram origem aos termos magus e magia; eles recitavam textos secretos nas suas reuniões e ofertavam encantamentos sagrados para a deusa na lua nova e em datas especiais.

O Avesta (conjunto de livros sagrados dos antigos persas) descrevia a deusa Anahita como uma deusa extraordinariamente alta e forte, de aspecto impressionante, admiravelmente bela e cheia de joias. Suas sobrancelhas eram assemelhadas a espadas e arcos, seu olhar com lanças e seus cílios parecidos com adagas. Feroz e ameaçadora; terna e sedutora; muito difícil e misteriosa, e extremante provocadora."

Fonte: Mirella Faur

domingo, 7 de outubro de 2018

Imantando, ungindo e consagrando velas - MAGIA DO FOGO

Sua chama ilumina minha alma
Seu calor traz vida ao ritual
Velas, velas, velas
Dançarinas derretidas
Coloridas magias
Do meu caminho natural!

Antes de consagrar, ungir as velas.

Passar óleo em velas é um habito realmente antigo que não somente auxilia em suas imantações devido a natureza do óleo, mas também lhes confere mais poder tanto de combustão, como da propriedade da planta que deu origem ao óleo. Se você tem um óleo que fica imantado permanentemente em seu altar então prefira-o porque ativará os dons naturalmente. Se não ai vão alguns óleos interessantes:


  1. Flor de laranjeira para alegria, atuar em crianças, para criança interior, desobsessor e purificador.
  2. Limão para limpar, atuar no espaço-tempo, clarear, trazer amor leve.
  3. Violeta para transmutar, desapegar e acalmar.
  4. Lavanda para acalmar, proteger, perdoar e imantar para as Deusas Mães das águas e cavernas.
  5. Vertiver para magias de Terra, ancoramento, proteção.
  6. Alecrim para proteção, remover mágoas de depressão, abertura de caminhos e cura.
  7. Manjericão para purificar, combater o mal, transmutar, aquecer.
  8. Pimenta vermelha (feito com muitas pimentas dendo de dama dentro de óleo vegetal de amendoas ou gergelim) - desobsessor, removerdor de males, purificação pelo fogo, ativação de pessoas muito apaticas.
  9. Hortelã - purificador, abertura de caminhos, clareza.
  10. Canela - abundância, vida, energia, proteção.
  11. Olíbano - Para os Deuses, para altar, para proteção.
  12. Óleo mineral com pedra da lua e prata deixado na lua cheia - resfriador, protetor, abertura da visão, sonhos. 
  13. Óleo solar - de semente de girassol com tompázio amarelo deixando ao sol do meio dia no verão - luz, fala. perseverança. mente forte, brilho e disposição. 
Como untar:

Passe o óleo do meio para cima da vela e diga: Consagro esta vela para (nome da entidade ou divindade que vai dedicar). Passe do meio para baixo e diga:  esta vela é para beneficiar (pessoa, pessoas, bichos, situações, seres). 

Consagrando:

Segure entre as mãos acima da cabeça, sinta o Fluido Universal (Deus Mãe/Pai) descer até a base da vela e diga:

Pela mãe natureza que está neste óleo, pelo pai fogo que será ativado nesta vela, pelo fluido sagrado da Divindade Pai/Mãe eu te bendigo, consagro, rezo e ativo em magia para que tenhas todo poder de (diga o propósito daquela vela). Ativo por 3 vezes e por 3 vezes seu poder se multiplica. 

Sinta a energia impregnada na vela. 

Falaremos das cores e formatos de colocação em outro post. Espero que tenham gostado deste!
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Magia Natural para Abrir Caminhos



Antes de tudo...

Afinal o que significa caminhos abertos e caminhos fechados?
Os campos de energia, chamados de campos morficos, que são responsáveis pela forma, conexão, movimentação, atração e repulsão de tudo o que há, pode ser polarizados, magnetizados para atrair ou repelir. Assim quando uma energia, sendo magia, reza, ou simplesmente um medo ou pensamento se interpõe, fica no meio do fluxo natural de comunicação entre os campos temos nossos caminhos fechados. Quando nossas energias estão harmônicas com os demais campos então o fluxo de comunicação entre elas é continuo e ai estamos com os caminhos abertos. Morando num país onde tem muita magia seja feita por magos (uma minoria) seja feita por orações (uma maioria) onde todos tentam controlar a vida de todos os caminhos fecharem e abrirem é uma constante nada natural. Assim a pedidos vamos dar sugestões do que fazer neste caso. 

    Ah! Mesmo que pareça óbvio, é sempre bom lembrar que magia real é magia que se sente cada passo dela. Conexão e sintonia é tudo em magia. 

Primeira etapa - limpeza do campo.

Faça seu circulo, de preferencia em local natural, mesmo que seja num parque. Se não der a dica é fazer um circulo fechado com quartzos verdes previamente programados para sintonizar como portal diretamente para o meio de alguma floresta. 
Dentro dele coloque na sua frente, laterais e atrás um potinho contendo sal fino, hortelã, arruda e manjericão. Entre em sintonia com as forças da Fonte Universal e com Gaia e sinta um fluido branco levemente esverdeado, mentolado preencher sua aura até saturar. Lembre-se de invocar seu guia e guardião de magia para dentro do circulo para ficarem com você. Purifique seu círculo com incenso canforado. Com as palmas viradas para cima, sentado no seu circulo e respirando vá sentindo o fluido descer. Invocação:

"Fluido Divino da Fonte Universal descei e com o trono da Mãe Natureza se reuni. Tomai meu corpo, este círculo, este sal e estas ervas, ativando toda magia. Pureza, cura e transformação terão grande poder e agora se farão!"

Sinta com toda foça que conseguir até sentir-se preenchido, depois imponha as mãos sobre o sal com as ervas pote por pote e imante até sentir que luz retorna deles para você.

"Ervas Sagradas, sal da Terra, pelo poder da fonte magiadas, sejam agora pela luz ativadas, tragam-me seu poder. Que todo mal que está em minha aura, na minha vida, nos meus caminhos, ligado aos ligados a mim, no espírito e na matéria seja paralisado, desfeito, descriado, transmutado em luz, banido, diluído e encaminhado, curado com todo cuidado, para não voltar. Sua fonte agora devera ser desfeita, os pensamentos e sentimentos que a geraram evaporarem como a água sob o sol. Nada fica, nem nada é deixado, somente luz e perfeição em meu mundo e meu coração! Ative-se!"

Sinta uma espiral desta luz se levantar das ervas e se misturar na energia que já estava em você. Respire e deixe atuar pelo tempo que conseguir ficar respirando e meditando. 

Quando desfizer o círculo agradeça e as ervas e o sal coloque na base de uma árvore que não tenha lixo (problema de meios urbanos). Enterre agradecendo as ervas e o sal. De a ordem: Dissolver, desemagiar e retornar à terra. 

Faça isso nas luas minguantes ou no final do dia.

Bem...devidamente limpos.

A magia de abertura é bem simples. No seu altar faça um pequeno caminho de pedras, de cada lado pode ter uns 20 cm, coloque no meio uma espada dedicada a São Jorge, Aries ou Palas Atena. Coloque uma vela branca (devidamente untadas com óleo de altar e consagradas para a Deusa Mãe) em cada lado do caminho e diga:

Com ar nada fica fechado, com ar tudo se abre e eleva, pelo poder da magia do fogo, da natureza e do ar abro meus caminhos com luz e proteção.Que assim seja agora e assim se faça. (Fale com autoridade). 

Pode colocar no inicio do caminho uma chave, depois uma pena e depois a espadinha apontada para segunda vela. Aproveite o final da lua nova para fazer isso todo dia até a auge da lua cheia. 

Mais simples: Imante 3 espadas de São Jorge com o poder de Aries e de seus guardiões pessoais dentro de seu círculo, invocando a luz da Fonte e o poder dos Guardiões da Magia e Celestiais. Sinta até as espadas irradiarem ondas de luz. Segure-as e aponte para frente:

Abro meus caminhos com as 3 espadas da luz. O que estava fechado agora será aberto e todo fluxo voltará seu movimento pelo poder de Áries e seus exércitos, por meus guardiões e todos aqueles que abrem caminhos que assim seja e assim se faça. 

Saia com as 3 plantas nas mãos, caminhe até achar uma praça e deixe em algum lugar verde e discreto, mentalizando sua conexão com a natureza e Aries. "Pra Aries entrego, o que está feito está bem feito. Caminhos se abrem agora! Gratidão".

Lembre-se abrir caminhos é assunto de guardiões e sintonizar seus guardiões na magia é fundamental. Tenha um caderno para saber quem são, seus nomes que energias movimentam. 

Para quem gosta de universalismo esta prática tem enorme poder: 

http://lotussagrada.blogspot.com/p/luz-da-inefavelperfeicao-pelainspiracao.html

Uma forma de manter caminhos abertos é fazer um ritual toda segunda-feira para abri-los. Poderá jogar hortelã na sua porta e pedir proteção e abertura de caminhos para toda semana. Fazer oferendas aos guardiões pedindo sua abertura. Jogar pétalas de flores dedicados a Deusa, num caminho de chão batido em meio a natureza.

Para quem pratica magia Celta a guardiã dos caminhos é Ellen, que recebe suas oferendas na beira de estradas, podendo ser esta leite de cabra, potes de mel ou flores.
Ellen é a guia de uma amiga muito querida minha e a descobri exatamente numa vivência desta amiga quando Ellen se apresentou. Ambas não tínhamos conhecimento dela. Um cajado consagrado a Ellen atrás da porta e usado nas caminhadas traz proteção nos caminhos da vida. Minha amiga criou um talismã com ramos de amoureira e colocou num saquinho que carrega ao pescoço para ter proteção desta Deusa e manter seus caminhos abertos.

Hecate também é senhora de caminhos, mas numa conotação bem mais espiritual do que material. Quando o assunto é Hecate prefiro vivências guiadas onde podemos interagir com ela, porque salvo ela ser sua mãe ancestral e sua guia, não é uma Deusa com a qual se possa lidar sem ter ao menos permissão dela para movimentar energia.

Aqui neste site tem ritos de Hécate. 
http://paginasdooculto.blogspot.com/2014/03/ritual-da-chave-de-hecate-para-abertura.html

Livro sobre Hecate e sua magia. PDF
https://dlscrib.com/a-magia-de-hecate-uma-roda-do-ano-com-a-rainha-das-bruxas-dylan-siegel-e-naelyan-wyver_58c7d59bdc0d602a58339040_pdf.html